quarta-feira, 24 de abril de 2024

O GENOCÍDIO ARMÉNIO E AS FALAS ANTISSEMITAS DE ERDOGAN

 O Genocídio Arménio, ocorrido principalmente entre 1915 e 1923 durante o declínio do Império Otomano, é um episódio sombrio da história que resultou na morte de até 1,5 milhom de Arménios. Este evento devastador é marcado anualmente no Dia da Lembrança, em 24 de abril, em memória dos intelectuais e líderes comunitários arménios que foram presos e assassinados em Constantinopla (atual Istambul).


As tensões étnicas e religiosas de teor islâmico contra as minorias nacionais de cultura cristã nos domínios sob o Império turco (nomeadamente Arménios, Gregos e Assírios) naquele tempo aumentaram a perseguiçom, levando a execuções em massa, marchas forçadas de homens, mulheres e crianças até a Síria e ao deserto da Mesopotâmia, onde muitos sofreram de desnutriçom, doenças e violência extrema. Este trágico evento dispersou muitos sobreviventes que formaram diásporas arménias polo mundo, especialmente nos EUA, França, Rússia e Próximo Oriente.



A classificaçom desses eventos de limpeza étnica como "genocídio" ainda é um tema altamente sensível e politizado para os nacionalistas turcos e pan-túrquicos, com 34 países a reconhecê-lo oficialmente, enquanto outros evitam o termo para manter relações diplomáticas com a Turquia. A memória e o reconhecimento do Genocídio Armênio continuam a afetar as relações internacionais e as políticas internas em vários países. As únicas nações do mundo que o negam ativamente: a Turquia, Azerbaijão e Paquistão.


O seguinte mapa mostra as raízes da marcha da morte no deserto da Síria. Aproximadamente 1,5 milhom de armênios foram sistematicamente deportados, massacrados ou levados a marchar até a morte polo decadente Império Otomano.


Para além disso, num proceso de duzentos anos, o império turco executou massacres contra populações inteiras (Árabes incluídas) contrárias ao domínio turco que lutavam pola sua independência no Próximo Oriente e na Europa. 


Como referido, o covarde governo turco ainda se recusa a reconhecer o Genocídio Arménio até hoje. Porém, na sequência da atual guerra entre Israel e o HAMAS o neo-sultão Erdogan nom hesita em acusar Israel de nazista e genocida. Mais recentemente, num discurso em Istambul a 2 de março, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan comparou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aos piores ditadores da história mundial: Adolf Hitler, José Estaline e Bento Mussolini. “Netanyahu e a sua administraçom, com os seus crimes contra a humanidade em Gaza, estão a escrever os seus nomes ao lado de Hitler, Mussolini e Estaline, como os nazis de hoje”, disse ele.

Presidência turca via AP, Pool | i23news


Erdogan também reiterou o seu apoio ao HAMAS, como o partido dele, filiado da Irmandade Muçulmana, observando que ninguém poderia "fazer" a Turquia "qualificar o Hamas como umha organizaçom terrorista", citando críticas sobre a recusa de Ancara em designar o grupo como um movimento terrorista. “A Turquia é um país que fala abertamente com os líderes do Hamas e apoia-os firmemente.”

Encontro de Erdogan com as lideranças do Hamas 20/4/2024


Desde 7 de outubro, Erdogan tem feito consistentemente declarações anti-Israel. A última vez que comparou Netanyahu ao líder da Alemanha nazi, Hitler, foi em dezembro, ao que o primeiro-ministro israelita retorquiu que Erdogan é a última pessoa a “pregar a moralidade” a Israel, alegando que “Erdogan, que comete genocídio contra os Curdos, que detém um recorde mundial de prisom de jornalistas que se opõem ao seu governo, é a última pessoa que pode nos pregar a moralidade”.

Apesar de reconhecer o Estado de Israel, o regime turco está por trás da "Flotilha da Liberdade de Gaza de 2024", um esforço planeado de ajuda humanitária internacional organizado pola Coalizom da Flotilha da Liberdade. Estava programado para partir da Turquia em abril de 2024 e levar ajuda à Faixa de Gaza em meio à guerra Israel-Hamas e à alegada fome na Faixa de Gaza. Em meados de abril, ativistas pró -palestinianos dos Estados Unidos e Espanha viajaram para a Turquia com planos de ingressar na flotilha.

De acordo com os seus organizadores, a "Freedom Flotilla Coalition" inclui a İHH e muitos participantes são filiados a esta ONG islamita. Alguns meios de comunicaçom israelitas relataram que a flotilha é supervisionada pola IHH, umha GNGO turca conservadora alinhada com a política exterior de Erdogan. Fehmi Bülent Yıldırım, presidente da IHH, afirmou numha conferência de imprensa que o comboio, com navios da Turquia, Líbano e Líbia, planeia atracar inicialmente na cidade egípcia de Arish antes de seguir para Rafah. Ynet relata que a iniciativa recebeu luz verde das autoridades turcas, com o chefe da inteligência da Turquia envolvido no seu acordo.

terça-feira, 23 de abril de 2024

200 DIAS DE CATIVEIRO EM GAZA

 23 de abril de 2024


Hoje completam-se 200 dias do massacre de 7 de outubro, cometido polo HAMAS no Sul de Israel. Este é o maior ataque antissemita desde o Holocausto.


Já são 200 dias dumha guerra iniciada e mantida polo grupo terrorista que se recusa a libertar os 133 reféns ainda mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza. 


Muita morte e sofrimento de israelitas e palestinianos poderiam ter sido evitados se os ataques daquele fatídico dia nom tivessem ocorrido.


#TragaOsDeVoltaJá

segunda-feira, 22 de abril de 2024

ANTISSEMITISMO NOS CAMPUS DOS EUA

 O último final de semana foi marcado por casos de antissemitismo nos EUA, durante manifestações anti-Israel na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Desde a quarta-feira passada (17), o campus da instituiçom tem sido palco de um evento chamado de Acampamento de Solidariedade a Gaza, coincidindo com um protesto externo que se estendeu até o dia seguinte (18). Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram manifestantes gritando em apoio às Brigadas Al-Qassam, braço militar do Hamas, e também clamando pela libertaçom de prisioneiros palestinianos.


O clima no campus tornou-se ainda mais tenso com a aproximaçom das celebrações de Pessach, feriado judaico, que iniciam hoje (22). Isso fez a administraçom da Universidade Columbia permitir que os alunos assistam às aulas e façam exames de forma virtual nesse período. Essa decisom veio em resposta aos crescentes confrontos no campus, exacerbados desde o ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro.




Casos semelhantes de hostilidade aos judeus também foram registrados na Universidade de Yale, em New Haven, onde um aluno foi ferido nos olhos. Essas manifestações de antissemitismo camufladas de apoio à causa palestiniana atraíram a atençom nacional dos EUA, sendo condenadas polo presidente do país, Joe Biden, e por líderes locais, bem como pelo presidente de Israel, Isaac Hezorg.





A Brigada Al-Qassam é o braço militar do Hamas, o grupo terrorista responsável polo massacre do 7 de Outubro. Nesta imagem, vemos umha manifestante na Universidade de Columbia, nos EUA, no último fim de semana, sugerindo que alunos judeus tornem-se os próximos alvos do Hamas. 


Isso nom é crítica a Israel, tampouco “resistência”, é umha grave manifestaçom de antissemitismo.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

A CABEÇA DO POLVO TERRORISTA

 Naftali Bennet

Alguns pontos sobre o ataque iraniano com mísseis a Israel durante a madrugada de domingo:

Naftali Bennet foi primeiro-ministro de Israel entre 2021 e 2022


1. Ao contrário do que os especialistas estão a dizer, isso nom foi projetado apenas como "fogos de artifício" sem danos.


Quando você dispara 350 objetos voadores programados para atingir Israel ao mesmo tempo, quando você usa três tipos de armas fundamentalmente diferentes — mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos e UAVs, você está a tentar penetrar as defesas de Israel e matar israelitas.

Na madrugada de domingo o Irão descarregou 60 T de explosivos contra Israel


2. A administraçom dos EUA está a dizer-nos "Isso é umha vitória, vocês já venceram ao interceptar os mísseis. Nom há necessidade de mais ações."

Nom, NOM é umha vitória.

Sim, é um sucesso notável dos sistemas de defesa aérea de Israel, mas nom é umha vitória.


Quando um valentão tenta acertar-te 350 vezes e só consegue sete vezes, você NOM venceu.


Você nom ganha guerras apenas interceptando os golpes do seu inimigo, nem o detém.

O seu inimigo apenas tentará mais forte com mais e melhores armas e métodos na próxima vez.

Como você REALMENTE detém?

Exigindo um preço profundamente doloroso.


3. É incorreto dizer "ninguém se machucou".

Há umha menina israelita-árabe de 7 anos chamada Amina Elhasuny a lutar pola sua vida.

Foi ela quem o covarde Khamenei atingiu.


4. A República Islâmica do Irão cometeu um grande erro.

Nos últimos 30 anos, tem causado estragos na regiom — por meio dos seus representantes.

Um polvo terrorista cuja cabeça está em Teerão, e os seus tentáculos estão no Líbano, Iemen, Iraque, Síria e Gaza.


Que conveniente.

Os Mullahs enviam outros para realizar ataques terroristas horrendos e morrer por eles.

O sangue doutras pessoas.

Os braços do polvo iraniano debruçados sobre Israel


O erro estratégico de Israel nos últimos 30 anos foi seguir essa estratégia.

Sempre lutamos contra os braços do Polvo, mas raramente exigimos um preço da sua cabeça iraniana.

Isso deve mudar agora:

Hezbollah ou o Hamas dispara um foguete contra Israel?

Teerão paga um preço.


5. O inimigo é o REGIME iraniano, nom o maravilhoso povo iraniano.

O regime iraniano lembra-me o regime soviético em 1985: corrupto até o cerne, velho, incompetente, desprezado polo seu próprio povo e destinado a entrar em colapso.

Quanto mais cedo, melhor.

O Ocidente pode acelerar o colapso inevitável do regime com um conjunto de ações suaves e inteligentes, sem força militar.

Lembre-se, a URSS entrou em colapso sem necessidade dum ataque direto americano.

Vamos fazer isso.

O movimento das mulheres está na vanguarda contra o regime iraniano


6. Israel está a lutar a guerra de todos. Em Gaza, no Líbano e em Teerão.

Somos considerados "o pequeno satão" polo Islão radical. A América é o grande.


Serei claro: se esses terroristas islâmicos fanáticos saírem impunes ao se esconderem entre civis, esse método será adotado por terroristas em todo o mundo.



Nom estamos a pedir a ninguém para lutar por nós. Faremos o trabalho.

Mas esperamos que os nossos aliados nos apoiem, especialmente quando está difícil — e agora está difícil.


Esteja do lado certo e ajude-nos a derrotar esses regimes horríveis e selvagens.

domingo, 14 de abril de 2024

POR QUE O BRASIL SE RECUSA A CONDENAR O IRÃ?

 Ontem o governo brasileiro perdeu a oportunidade de condenar um ataque flagrantemente ilegal que pode elevar a instabilidade regional a níveis imprevisíveis. 



Nessa madrugada, famílias israelenses viram angustiadas mais de 300 drones e mísseis serem lançados pelo Irã rumo ao seu país. 


Numa ação sem precedentes, Israel foi diretamente atacada pelo Irã. Diversas potências democráticas como os Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha condenaram os ataques. Vizinhos como a Argentina, o Chile, o Paraguai e o Uruguai também o fizeram.


A União Europeia e a Organização dos Estados Americanos se pronunciaram de maneira firme. 


O governo brasileiro, infelizmente, preferiu abdicar de uma posição firme, não condenou os ataques, não se solidarizou com as famílias israelenses e optou por dar margem para dúvidas sobre o que se passou na madrugada de ontem, ao registrar que “acompanha com grave preocupação relato de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel”. Sob os olhos do mundo, não pairam dúvidas sobre o acontecido. 


Em suma, o governo brasileiro - que deseja participar de negociações que levem a uma paz duradoura na região, perdeu, mais uma vez, a oportunidade de compartilhar palavras firmes, justas e apaziguadoras.


Esperamos que os profissionais experientes que lideram a diplomacia brasileira saibam, no futuro, adotar posturas mais equilibradas diante da realidade triste e complexa que assola a região.


Fonte: Instituto Brasil Israel (IBI)



O ERRO ESTRATÉGICO DO IRÃO

 Ontem, 13 de abril, pola primeira vez a República Islâmica do Irão atacou Israel diretamente, disparando centenas de drones e mísseis balísticos. Israel, no entanto, abateu 99% das ameaças, a maior parte delas fora das suas fronteiras. Foram utilizados sistemas ultra tecnológicos numha cooperaçom sem precedentes com países árabes e aliados ocidentais, como Reino Unido, França e Estados Unidos. 

Fonte: IDF


Parte da razom pola qual o ataque iraniano falhou tão completamente é o Irão nom levar em conta que Israel tem muitos aliados na regiom e no mundo ocidental. Eles gritaram tanto que Israel está isolado que começaram a acreditar nas suas próprias mentiras.


Capa recente do The Economist sobre o isolamento de Israel

Porque o Irão falhou estrategicamente?

> Ligaram Israel aos países árabes sunitas: Arábia Saudita, Jordânia e EAU 

> Mobilizaram totalmente ocidente e o mundo livre ao lado de Israel

> Relegaram a guerra de Gaza

> A grande maioria de mísseis e drones foram interceptados.

Pior nom lhes pude ter corrido


 O sucesso da força aérea israelita e da sua defesa aérea nesta última noite serão ainda estudados em escolas militares no futuro. Especialistas falam em “noite histórica” para o exército de Israel. 


Agora resta saber como Israel irá processar a tentativa iraniana de atacar o país e se responderá. O facto é que o Irão falhou politicamente e estrategicamente. Israel venceu.


RETALIAÇOM CALCULADA

 Allan Marcos

O Irão financia grupos como o Hamas, Jihad Islâmica, Hezbollah e os Houthis nas suas ofensivas contra Israel. Um general iraniano, vinculado à Guarda Revolucionária e responsável pola logística de armamentos para o Hezbollah, foi morto num edifício anexo à embaixada. Ele era ativamente um inimigo do estado judeu, portanto um alvo legitimo. 


Israel frequentemente neutraliza generais e cientistas iranianos, e o Irão raramente consegue retrucar. Desta vez, para fazer umha demonstraçom de força e reafirmar a sua influência regional, os xiitas resolveram lançar mais de 100 mísseis balísticos e 500 drones contra Israel, algo nunca antes visto entre os dous países. Apesar da maioria ser interceptada polo sistema de defesa israelita, o significado do ataque nom reside apenas nos danos causados, mas na sua hostilidade intrínseca.

O espaço aéreo sobre Israel logo depois do anúncio do ataque iraniano

A necessidade de Israel responder a tais agressões é evidente, pois é imperativo um Estado soberano cercado de inimigos proteger a sua moral. No entanto, qualquer retaliaçom deve ser meticulosamente calculada para evitar umha escalada indesejável. O delicado equilíbrio entre responder adequadamente e nom provocar umha escalada maior é crítico; caso contrário, o conflito pode rapidamente tornar-se incontrolável.